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15/06/2011 Em Junho, o frio que predominou no sul de Santa Catarina foi um dos mais rigorosos dos últimos anos, chegando a marcar 6 graus negativos e sensação térmica de - 36º graus. Na Reserva do Aguaí não foi diferente. No Inverno, as montanhas da Serra Geral normalmente costumam amanhecer cobertas de gelo. Mesmo com as baixas temperaturas, as armadilhas fotográficas registraram enchendo a reserva de vida, diferentes espécies de mamíferos, entre eles apareceram a Irara, o Guaxinim, o Gato-maracajá e o Tatu-galinha, que freqüentemente são registrados fazendo a manutenção da floresta.


Gato-maracajá (Leopardus wiedii)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


Espécie: Tatu galinha (Dasypus novemcinctus)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


Espécie: Irara (Eira barbara)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


Mão Pelada (Procyon cancrivorus)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí.
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí

12/05/2011 Esse mês novos vídeos da fauna foram capturados pela armadilha, e pela primeira vez foi obtida pelo projeto a filmagem do Gato-maracajá.
Em relação a outros mamíferos, o que se observa é que o Gato-maracajá tem um comportamento peculiar ao forragear (procurar alimento) pela floresta. Diferente da Iara e do Tatu-galinha, o felino silvestre costuma locomover-se lentamente e com segurança, seguindo suas presas silenciosamente.
Já a irara, registrada no dia 24/05, costuma andar bem ligeiro. Várias vezes o animal foi avistado no campo pela equipe do projeto e sempre mostrou a velocidade em caminhar.
Quanto ao tatu galinha, a atividade de forrageamento foi observada através do vasculhamento do solo com as narinas, objetivando a coleta de formigas, cupins, larvas de insetos, aranhas, frutos, dentre outros itens, possuindo uma dieta bastante generalista (com diferentes presas).

Vale destacar que nosso equipamento de pesquisa não ilumina a cena, essa luz que se percebe no vídeo é infravermelha, ou seja, imperceptível, não alterando o comportamento dos animais.


Gato-maracajá (Leopardus wiedii)
Tatu galinha (Dasypus novemcinctus)

24/05/2011 No final de 2009, o projeto em parceria com a empresa de automação Blauth do Brasil, desenvolveu um equipamento para capturar vídeos. Porém, quando começamos a utilizar esse equipamento percebemos que era pesado demais para transportá-lo nas íngremes encostas da reserva, já que tínhamos que carregar junto uma bateria de carro. Recentemente foram  lançados no mercado novos modelos de câmera que são muito menores e com alta autonomia no campo. A partir de agora, o projeto já conta com esse tipo de tecnologia, que irá enriquecer a pesquisa através de vídeos que retratam a intimidade da nossa fauna silvestre. Não deixe de acompanhar.



URU - IRARA - INHAMBU




24/05/2011
Na área da pesquisa, o projeto deseja nos próximos anos estudar a população de felinos silvestres na Rebio Aguaí. Como o projeto ainda não possui um número suficiente de armadilhas fotográficas, resolvemos então priorizar o estudo de duas áreas, uma delas é a face leste da Serra da Veneza e a outra a Trilha dos tropeiros. Pretendemos a partir dessas áreas, começar a identificar alguns indivíduos e sua área de distribuição. Esse ano, o primeiro registro de felino silvestre no pico leste da Serra da Veneza foi de um gato-maracajá (Leopardus wiedii).

Além disso, estão em andamento os testes para desenvolver uma base de estudo que dará inicio a implantação de tecnologia fotovoltaica. As armadilhas fotográficas irão funcionar a partir de placas solares, que irão converter a energia solar em eletricidade. Essa proposta visa aumentar a autonomia dos equipamentos no campo, reduzir a manutenção em lugares de difícil acesso e, sobretudo, utilizar energia limpa.

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Gato-maracajá (Leopardus wiedii)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí

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Espécie: Irara (Eira barbara)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


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Espécie: Tatu galinha (Dasypus novemcinctus)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí

 

23/10/2010 Registros obtidos no interior do vale que corre o Córrego Serafim.

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Gato-maracajá (Leopardus wiedii)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


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Espécie: Caiteto, cateto (Pecari tajacu)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


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Espécie: Caiteto, cateto (Pecari tajacu)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí

27/09/2010 Registros obtidos em quatro locais diferentes, dentro e fora da Rebio Aguaí.

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Gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


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Gato-maracajá (Leopardus wiedii)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


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Gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


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Cachorro do mato(Cerdocyon thous)
Local: Campo de cima da serra.
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


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Espécie: Irara (Eira barbara)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


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Jacuaçu (Penelope Obscura) 73 cm
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí.
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


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Espécie: Tatu galinha (Dasypus novemcinctus)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


28/08/2010 - Faz algum tempo que os felinos silvestres andam meio ariscos com as nossas câmeras fotográficas. Ultimamente, temos registrado apenas algumas presas, como Irara (Eira barbara), Tatu-galinha (Dasypus novemcinctus), Cateto (Pecari tajacu) e algumas aves. Essas espécies foram registradas em diferentes pontos da unidade de conservação, sendo que um desses locais compreendeu nossa primeira área de estudo, o Córrego Serafim. Depois de quatro anos de pesquisa, ficamos contentes de registrarmos novamente nesse ponto, os porcos selvagens. O registro dessa espécie indica que essa área da reserva apresenta boas condições ambientais, onde esse grupo de animais está utilizando como território.

Neste final de semana, enquanto fazíamos um percurso noturno, tivemos a oportunidade de avistarmos próximo a margem da estrada duas espécies de mamíferos, o Mão-pelada (Procyon cancrivorus) e o Graxaim-do-campo (Lycalopex gymnocercus). No dia seguinte, saímos para instalar mais algumas armadilhas fotográficas e no meio do caminho percebemos que os palmiteiros ainda continuam explorando de forma ilegal o palmito na reserva. No meio do caminho encontramos várias palmeiras cortadas. É importante lembrar que várias espécies de aves e mamíferos dependem dos frutos do palmito para sobreviver e com a exploração ilegal dessa árvore pode ocorrer a ausência de várias espécies da fauna.

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Espécie: Caiteto, cateto (Pecari tajacu)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí

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Espécie: Irara (Eira barbara)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí

03/06/2010 Em abril deste ano estendemos nosso trabalho de pesquisa para a Área de Proteção Ambiental (APA) da Barragem do Rio São Bento em busca de conhecermos a fauna dessa área protegida, que forma corredores de mata ligados a Reserva do Aguaí. Durante dois meses foram registradas três espécies de mamíferos de médio e grande porte em uma das ilhas da APA. Um das espécies registradas que ainda não havíamos encontrado na Reserva do Aguaí foi à Capivara (Hydrochoeris hydrochaeris), um roedor que pode pesar até 80 kg. Essa espécie de mamífero é muito comum de ser encontrada em áreas as margens de rios e lagos. As outras espécies registradas pelas câmeras  foram o Tatu galinha (Dasypus novemcinctus) e Gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris). Em virtude do movimento de pessoas que ocorre no entorno da APA, por causa da pesca, as pesquisas continuam a ser intensificadas na Reserva do Aguaí.

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Espécie:
Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


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Espécie: Gambá-de-orelha-preta (Didelphis marsupialis)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


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Espécie: Tatu galinha (Dasypus novemcinctus)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí

12/03/2010 Foi no Vale Cirenaica, no município de Treviso, que tudo começou. Foi meados de 1997 eu e o Junior começamos a nos embrenhar na serra. Naquele tempo, tudo era diferente, tínhamos pouco equipamento, não tínhamos veículo, havia poucos recursos, mas, mesmo assim, já curtíamos ir para o refugio que se localizava no interior do vale.
Lembro que saímos de Criciúma nas sextas à noite e só retornávamos  no Domingo à tarde. Como íamos de ônibus, precisávamos andar desde a entrada do município de Treviso até o abrigo uns 8 km.
Para curtimos mais a caminhada, levávamos conosco umas caixinhas de som na mochila, que servia de trilha sonora para aquele momento único com a natureza.
O abrigo no meio do mato era usado mais pelos caçadores (naquela época o montanhismo engatinhava nesta região). Como costumávamos pousar neste abrigo, de vez em quando apareciam caçadores na área. Lembro uma vez que um deles chegou com uma bolsa enorme, e quando abriu, nos deparamos com várias aves mortas, foi terrível ver aquilo! O primeiro animal que ele tirou do saco foi um gavião.
Foi neste tempo, que começamos a despertar um novo olhar para a vida selvagem da serra, e daí em diante, fomos nos aproximando cada vez mais, até que então, surgiu o projeto. Mais, eu comecei falando sobre isso, por       que na sexta feira (12-03) tivemos o prazer de voltarmos no Vale da Cirenaica e revermos toda essa trajetória, que agora, se materializa com os trabalhos de conservação do projeto Felinos do Aguaí. Entrando no vale, paramos no pico de um moro e de cara filmamos os dois dedos e toda a aquela cordilheira de montanhas. O tempo estava ótimo. Aproveitamos o dia de trabalho e também fizemos o reconhecimento de algumas áreas, para em breve instalarmos equipamentos de pesquisa. Na ida encontramos nosso antigo amigo Sr. Cambruzi e combinamos que na volta passaríamos na sua casa para rever também Dona Libera, sua esposa.

Em 2002 o Junior, Milo, e Geferson  conquistaram uma via de escala nos dois dedos, na qual deram o nome da rota Cambruzzi em homenagem a este colono que muito sabe sobre o vale Cirenaica, é um clássico do montanhismo local.  

No meio da prosa, buscamos saber como anda a vida silvestre deste lugar. Dona libera, nos disse que o último animal que avistou em sua propriedade foi uma lontra, que estava forrageando em seu açude. Segundo o Sr. Cambruzzi, tempos atrás, caminhando no meio do mato, ele avistou uma Jaguatirica, algo que realmente pode acontecer para quem vive a quase um século nestas terras.

Para nós, preservar estas montanhas é preservar não só a diversidade animal e vegetal, mais também, toda uma manifestação cultural. 

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Sr. Cambruzi, Dona Libera e Micheli, ao fundo Pedra Dois Dedos


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Cirenaica - Treviso


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Salto da Cirenaica


29/02/2010
Embora as fotos não tenham ficado muito boas em decorrência do tempo chuvoso, a pesquisa na reserva começou bem este ano. Já nos primeiros filmes foram flagrados três espécies de felinos silvestres, a jaguatirica, o gato maracajá e o gato-do-mato-pequeno.

Estes registros são resultados obtidos pelo nosso parceiro Jonas Lorenzoni, morador do entorno da reserva, que tem contribuído fortemente para o desenvolvimento do projeto e a preservação da área.

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Jaguatirica Macho(Leopardus pardalis) 
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


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Gato-maracajá (Leopardus wiedii)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


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Gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus)
Local: Campo de cima da serra.
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí

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Gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus)
Local: Campo de cima da serra.
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí

13/02/2010 Passado alguns meses sem subir a serra, realizamos no último final de semana a primeira saída de campo do ano. O destino foi à pousada da Dona Maria, onde tínhamos uma armadilha fotográfica para fazer a manutenção.

Desta vez, procuramos pegar mais de leve no campo, até porque o Junior esta com o pé quebrado, e por isso, decidimos fazer apenas a manutenção do equipamento. Mas, mesmo assim, havíamos combinado com um dos filhos da Dona Maria, o João, que iríamos levar uma armadilha fotográfica para ele instalar e monitorar naquela área.

Chegando lá, a primeira coisa que fizemos foi vistoriar o equipamento e o Junior, mesmo com o pé quebrado, não deixou de ir para o campo. Desta vez, o João e seu filho mais velho nos acompanharam até o local para a retirada da câmera que havia sido instalada em 2009 e foram pegando algumas dicas de instalação, já que o João irá monitorar uma delas.

Ao abrir o equipamento, primeiramente ficamos contentes em perceber que desta vez  a câmera não estava inundada. Foram 32 registros. No entanto, observando o horário dos registros e os intervalos de tempo, percebemos que os resultados não haviam sido tão bons assim. Mas, só saberíamos mesmo, depois de revelar o filme.

Retornando do campo, foi nossa vez de aprender um pouco sobre manejo florestal com o João. No caminho, ele colheu uma muda de araucária e chamou o seu filho para ver. Ele estava explicando para nós a importância de fazer o manejo sustentável das araucárias, avaliando as exigências e locais ideais para o seu desenvolvimento. Registramos neste dia uma araucária com quase 30 anos de idade plantada pelo morador.   

Neste dia, aproveitamos e deixamos para a Dona Maria e o João, um exemplar da Enciclopédia da Vida Selvagem (Larousse, 1997) onde consta um capítulo exclusivo sobre o Leão baio, trazendo informações sobre seu território, regime alimentar, vida em família, ambiente natural, ecologia e questões de predação. Este livro foi doado aos moradores com o intuito de promover a proteção da espécie, já que por ali passam varias pessoas por ano.

De volta a Criciúma, levamos o filme para revelar e realmente não registramos nada além de gados. Percebemos que aquela área é pouco utilizada pela fauna silvestre. Segundo o João, ele irá instalar a nova câmera no peral dos cabritos, onde acredita existir uma maior diversidade faunística.

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João com uma muda de araucária pronto pra fazer o manejo.

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João e uma araucária que ele fez o manejo anos atraz.

20/09/2009 Depois de várias semanas de chuva, encontramos diversas pegadas no interior da REBIO Aguaí, sendo que uma delas era de um Leão Baio (Puma concolor) que foi encontrada pelo montanhista Marcelo Bongiolo. É a terceira pegada encontrada na mesma rota esse ano. Como estamos a algum tempo tentando registrá-los, intensificamos a pesquisa neste vale.


Mão Pelada (Procyon cancrivorus)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí.
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


Gato do Mato Pequeno(Leopardus tigrinus)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí.
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


Espécie: Irara (Eira barbara)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí.
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


Gato do Mato Pequeno(Leopardus tigrinus)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí.
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí





 

30/08/2009 Todos os anos, no final do inverno, os moradores dos Campos de Cima da Serra põem fogo em suas pastagens para a renovação. Esta prática já dura há décadas. Nossa recente viagem aos Campos retratou imagens desta paisagem em plena modificação, onde o verde exuberante se transforma em campos cinzentos, encoberto pelas fumaças.

Chegando na pousada da Dona Maria, fizemos uma pausa para o almoço e como sempre, batemos aquela prosa. Neste dia tivemos a oportunidade de conhecermos o João, filho da Dona Maria, que conhece bem a região e nos relatou que naquele mesmo dia, por voltas das 08 horas, tinha avistado próximo a fazenda um veado campeiro, que andava tranqüilamente próximo a estrada.

Depois do bate papo, fomos fazer a manutenção da armadilha. Quase um mês e meio em campo, a câmera tinha fotografado as 36 poses. Quando começamos a olhar os registros, percebemos algo estranho, pois todos eles, com exceção de alguns, tinham sido registrado às 18 horas. Como a câmera havia sido programada para trabalhar somente no crepúsculo e no período noturno, logo percebemos que a máquina tinha apresentado um problema. E mais uma vez, estávamos certos que pesquisar nos campos é sempre um desafio. Entretanto, instalamos novamente uma outra armadilha, que esperamos desta vez funcionar corretamente. Mesmo com a pane da armadilha, conseguimos registrar um pequeno gato do mato (Leopardus tigrinus).

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Gato do Mato Pequeno(Leopardus tigrinus)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí.
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


Fogo dos campos descendo a serra.


Micheli e Sr. Laurindo.


O Motivo pelo qual pesquisamos tão próximo desta fazenda.


22/08/2009
Registros feitos na trilha dos tropeiros que margeia o Rio da Serra.


Gato do Mato Pequeno(Leopardus tigrinus)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí.
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


Gato Maracajá (Leoparduswiedii)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí.
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


08/08/2009
Na desembocadura de um dos afluentes do Rio da Serra, a uma altitude mais elevada (500 metros), instalamos no dia 28/06 uma armadilha fotográfica, onde esperávamos obter mais registros da fauna, por ser um local mais preservado, de mata fechada, e próximo ao rio. Saímos de Criciúma no Sábado, por volta das 18 horas para fazermos sua manutenção. Fomos neste horário, pois queríamos fazer observação noturna. Infelizmente, não avistamos nenhum animal. Como recentemente a trilha foi refeita pelo senhor Joaquim Lorenzoni, morador do entorno da reserva, fizemos uma ida rápida ao ponto de instalação. Chegando lá, a máquina ainda estava funcionando, porém, só tinham cinco registros, sendo que dois deles eram testes. Então, resolvemos trazer a armadilha e instalarmos em um novo local.


Gato do Mato Pequeno(Leopardus tigrinus)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí.
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí

 

(04/07/2009) Após uma serie de fortes geadas;  “daquelas que parece que nevou, deixando tudo branco” relata dona Maria Barbosa,  o inverno chegou aos campos sulinos vizinhos da REBIO Aguai, o pasto queimou pelo frio deixando a grande imensidão verde, amarela.
Balançando na brisa, este imenso tapete amarelo camuflaria tranqüilamente um Leão Baio(puma concolor)na espreita de sua presa, e por isso estamos nesse ambiente rústico, para tentar registrar o segundo maior predador das Américas em vida livre.
Pesquisar nessa região para nós que temos como base Criciúma é complicado, o acesso pela Rod. SC 438(Serra do rio do rastro) e a grande extensão em estrada de chão bem acidentada torna o acesso uma aventura a parte, já quebramos a caminhonete 2 vezes nessa rota, causando um transtorno danado.
Desta vez optei em ir de moto e foi bem interessante, uma pena é ter que ficar totalmente focado na estrada e na pilotagem, assim não pude ver a águia chilena nem os outros rapinantes que vejo somente naquela altitude. Acompanharam-me nessa empreitada os motociclistas Julian e Zézo, que me deram muitos toques da pilotagem estilo Big-trail, mesmo assim um tombo foi inevitavel.
Chegamos na Dona Maria e após uma prosa para saber as novidades daquelas bandas, principalmente relacionadas aos ataques de felinos em rebanhos, partimos a pé para instalar uma armadilha, instalamos em um remanescente de floresta ombrófila mista aos 1250 m..
Conforme o resultado desta armadilha, Micheli e Eu decidiremos se continuaremos pesquisando nesta área ou retornaremos a pesquisar numa área 4km ao sul, também nas altitudes dos campos da Serra Geral.
Na parte baixa da serra continua a pesquisa intensiva.

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Ponte sobre o Rio Pulpito que corta os campos de cima da serra.

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Propriedade da Dona Maria Barbosa e as curicacas no telhado.

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Curicaca(Theristicus caudatus)70 cm.

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Instalando Armadilha Fotográfica

(28/06/2009) Implementando nosso trabalho de campo, realizamos no final do mês de Junho mais uma campanha, em busca de pesquisar o limite Oeste da REBIO Aguaí. Nos preparamos para este campo durante uma semana, carregando baterias, testando câmeras e organizando todos os aparatos que levamos para uma saída a campo. Saímos da base no domingo pela manhã  e seguimos rumo a trilha do São Pedro. No percurso da trilha, encontramos vários vestígios da fauna, como pegadas de felinos e carcaça de tatu. Depois de caminhar quase três horas, a 500 metros de altitude, entramos num vale, ainda desconhecido por nós, de onde brota um dos afluentes do Rio da Serra.

Adentrando neste vale, logo encontramos um lugar ideal para instalar a armadilha fotográfica. Este local apresenta uma vegetação, altitude, umidade e acesso, semelhante à primeira área estudada, no Vale do Córrego Serafim. Neste tipo de ambiente já registramos porcos do mato, irara e jaguatirica. É em busca dos grandes felinos, que estamos montando o grande quebra cabeça que compõe a diversidade de vida da Serra Geral. Como sempre fizemos, antes de chegar na base, paramos na casa do seu Joaquim para tomar um café.

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Borda da Serra Geral vista do vale do Rio da Serra 1000m abaixo

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Rio da Serra, um rio calmo que facilmente pode ficar enfurecido.

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Micheli no pequeno canyon afluente do Rio da Serra

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Sr. Joaquim Lorenzoni, no retrato da cultura italiana.

(21/04/2009) Neste mês de Abril o projeto foi em busca de conhecer na REBIO Aguaí novos lugares explorados pelos felinos silvestres. O Morro da Mina, um maciço de arenito com 900 metros de altitude, desenha na paisagem um curioso afloramento rochoso esculpido pela natureza há cerca de milhões de anos atrás. Decidimos então, instalar nesta área duas armadilhas fotográficas, pois ali é território de Bugios que constantemente roncam se comunicando uns com os outros.

Para termos intimidade com a área, foi realizada pelo menos quatro expedições. Na primeira, chegamos até a base das rochosas, aproximadamente 500 metros. O local proporciona uma bela vista panorâmica dos vales que correm o Rio da Serra e o Rio da Mina, que se unem formando o Rio São Bento que alimenta a Barragem do mesmo nome. Para chegar até lá foi preciso bastante persistência, pois a vegetação se distribui sobre um relevo bastante acidentado. Dentre as árvores inclinadas encontradas no caminho, algumas delas são perfeitas para os felinos como o gato maracajá (Leopardus wiedii) que passam grande parte do seu tempo sobre as copas das árvores.

Além da vegetação arbórea, foi encontrado na área aglomerados de rochas que possivelmente servem como tocas para os mamíferos de médio e grande porte. Neste território também foram encontradas várias tocas de tatu.

Depois de conhecermos um pouco o local, voltamos mais algumas vezes e no dia 11 de abril instalamos as armadilhas. Pela primeira vez elas foram instaladas em trilhas. Estas trilhas há muito tempo atrás foram utilizadas para a exploração da madeira e hoje são praticamente transitadas pelos animais.

No entanto, ao fazermos a manutenção das armadilhas fotográficas tivemos uma triste surpresa, um dos equipamentos de pesquisa havia sido furtado. No primeiro momento, vasculhamos no entorno e nada. Saímos, então, atrás de algum sinal humano. Infelizmente, o único sinal que encontramos foi à vegetação que parecia ter sido cortada recentemente.

Neste mesmo dia, quando ainda estávamos dentro da mata, ouvimos tiros que vinham do outro lado do Morro da Mina. Os tiros indicam que a temporada de caça chegou e que a nossa fauna corre risco de desaparecer. Talvez estes sejam os sinais mais visíveis de que precisamos melhorar a fiscalização da REBIO Aguaí.

Para nós, esta saída a campo representou valiosas lições de campo e também nos trouxe novos dados, pois a outra câmera que estava sã e salva registrou pela primeira vez a paca (Agouti paca) e dois indivíduos jovens do gato maracajá (Leopardus wiedii).

A paca com aproximadamente 13 kg é um roedor de corpo robusto, onde as laterais do corpo apresentam pequenas manchas branco amareladas, podendo formar linhas longitudinais. O declínio de suas populações é decorrente, principalmente, da pressão exercida pela caça e também da destruição das florestas protetoras das margens dos rios.

De todos os gatos maracajá que já registramos na REBIO Aguaí este foi o primeiro registro de dois indivíduos. Muito pouco é conhecido sobre esta espécie. Sobre o período de reprodução, as maiorias das estatísticas são provenientes de reprodução em cativeiro (AZEVEDO, 1996; MANSARD, 1997; NOWAK, 1999). Este felino está ameaçado de extinção na categoria Vulnerável.


Dois Gatos Maracajá (Leoparduswiedii)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí.
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


Jacuaçu (Penelope Obscura) 73 cm
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí.
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


Mão Pelada (Procyon cancrivorus)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí.
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí


Paca (Cuniculus paca)
Local: Reserva Biológica Estadual do Aguaí.
Fonte: Projeto Felinos do Aguaí

 

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