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15/06/2011 Em Junho, o frio que predominou no sul de Santa Catarina foi um dos mais rigorosos dos últimos anos, chegando a marcar 6 graus negativos e sensação térmica de - 36º graus. Na Reserva do Aguaí não foi diferente. No Inverno, as montanhas da Serra Geral normalmente costumam amanhecer cobertas de gelo. Mesmo com as baixas temperaturas, as armadilhas fotográficas registraram enchendo a reserva de vida, diferentes espécies de mamíferos, entre eles apareceram a Irara, o Guaxinim, o Gato-maracajá e o Tatu-galinha, que freqüentemente são registrados fazendo a manutenção da floresta.
12/05/2011 Esse mês novos vídeos da fauna foram capturados pela armadilha, e pela primeira vez foi obtida pelo projeto a filmagem do Gato-maracajá. Vale destacar que nosso equipamento de pesquisa não ilumina a cena, essa luz que se percebe no vídeo é infravermelha, ou seja, imperceptível, não alterando o comportamento dos animais.
24/05/2011 No final de 2009, o projeto em parceria com a empresa de automação Blauth do Brasil, desenvolveu um equipamento para capturar vídeos. Porém, quando começamos a utilizar esse equipamento percebemos que era pesado demais para transportá-lo nas íngremes encostas da reserva, já que tínhamos que carregar junto uma bateria de carro. Recentemente foram lançados no mercado novos modelos de câmera que são muito menores e com alta autonomia no campo. A partir de agora, o projeto já conta com esse tipo de tecnologia, que irá enriquecer a pesquisa através de vídeos que retratam a intimidade da nossa fauna silvestre. Não deixe de acompanhar.
Além disso, estão em andamento os testes para desenvolver uma base de estudo que dará inicio a implantação de tecnologia fotovoltaica. As armadilhas fotográficas irão funcionar a partir de placas solares, que irão converter a energia solar em eletricidade. Essa proposta visa aumentar a autonomia dos equipamentos no campo, reduzir a manutenção em lugares de difícil acesso e, sobretudo, utilizar energia limpa.
23/10/2010 Registros obtidos no interior do vale que corre o Córrego Serafim.
27/09/2010 Registros obtidos em quatro locais diferentes, dentro e fora da Rebio Aguaí.
28/08/2010 - Faz algum tempo que os felinos silvestres andam meio ariscos com as nossas câmeras fotográficas. Ultimamente, temos registrado apenas algumas presas, como Irara (Eira barbara), Tatu-galinha (Dasypus novemcinctus), Cateto (Pecari tajacu) e algumas aves. Essas espécies foram registradas em diferentes pontos da unidade de conservação, sendo que um desses locais compreendeu nossa primeira área de estudo, o Córrego Serafim. Depois de quatro anos de pesquisa, ficamos contentes de registrarmos novamente nesse ponto, os porcos selvagens. O registro dessa espécie indica que essa área da reserva apresenta boas condições ambientais, onde esse grupo de animais está utilizando como território. Neste final de semana, enquanto fazíamos um percurso noturno, tivemos a oportunidade de avistarmos próximo a margem da estrada duas espécies de mamíferos, o Mão-pelada (Procyon cancrivorus) e o Graxaim-do-campo (Lycalopex gymnocercus). No dia seguinte, saímos para instalar mais algumas armadilhas fotográficas e no meio do caminho percebemos que os palmiteiros ainda continuam explorando de forma ilegal o palmito na reserva. No meio do caminho encontramos várias palmeiras cortadas. É importante lembrar que várias espécies de aves e mamíferos dependem dos frutos do palmito para sobreviver e com a exploração ilegal dessa árvore pode ocorrer a ausência de várias espécies da fauna.
03/06/2010 Em abril deste ano estendemos nosso trabalho de pesquisa para a Área de Proteção Ambiental (APA) da Barragem do Rio São Bento em busca de conhecermos a fauna dessa área protegida, que forma corredores de mata ligados a Reserva do Aguaí. Durante dois meses foram registradas três espécies de mamíferos de médio e grande porte em uma das ilhas da APA. Um das espécies registradas que ainda não havíamos encontrado na Reserva do Aguaí foi à Capivara (Hydrochoeris hydrochaeris), um roedor que pode pesar até 80 kg. Essa espécie de mamífero é muito comum de ser encontrada em áreas as margens de rios e lagos. As outras espécies registradas pelas câmeras foram o Tatu galinha (Dasypus novemcinctus) e Gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris). Em virtude do movimento de pessoas que ocorre no entorno da APA, por causa da pesca, as pesquisas continuam a ser intensificadas na Reserva do Aguaí.
12/03/2010 Foi no Vale Cirenaica, no município de Treviso, que tudo começou. Foi meados de 1997 eu e o Junior começamos a nos embrenhar na serra. Naquele tempo, tudo era diferente, tínhamos pouco equipamento, não tínhamos veículo, havia poucos recursos, mas, mesmo assim, já curtíamos ir para o refugio que se localizava no interior do vale. Em 2002 o Junior, Milo, e Geferson conquistaram uma via de escala nos dois dedos, na qual deram o nome da rota Cambruzzi em homenagem a este colono que muito sabe sobre o vale Cirenaica, é um clássico do montanhismo local. No meio da prosa, buscamos saber como anda a vida silvestre deste lugar. Dona libera, nos disse que o último animal que avistou em sua propriedade foi uma lontra, que estava forrageando em seu açude. Segundo o Sr. Cambruzzi, tempos atrás, caminhando no meio do mato, ele avistou uma Jaguatirica, algo que realmente pode acontecer para quem vive a quase um século nestas terras. Para nós, preservar estas montanhas é preservar não só a diversidade animal e vegetal, mais também, toda uma manifestação cultural.
Estes registros são resultados obtidos pelo nosso parceiro Jonas Lorenzoni, morador do entorno da reserva, que tem contribuído fortemente para o desenvolvimento do projeto e a preservação da área.
13/02/2010 Passado alguns meses sem subir a serra, realizamos no último final de semana a primeira saída de campo do ano. O destino foi à pousada da Dona Maria, onde tínhamos uma armadilha fotográfica para fazer a manutenção. Desta vez, procuramos pegar mais de leve no campo, até porque o Junior esta com o pé quebrado, e por isso, decidimos fazer apenas a manutenção do equipamento. Mas, mesmo assim, havíamos combinado com um dos filhos da Dona Maria, o João, que iríamos levar uma armadilha fotográfica para ele instalar e monitorar naquela área. Chegando lá, a primeira coisa que fizemos foi vistoriar o equipamento e o Junior, mesmo com o pé quebrado, não deixou de ir para o campo. Desta vez, o João e seu filho mais velho nos acompanharam até o local para a retirada da câmera que havia sido instalada em 2009 e foram pegando algumas dicas de instalação, já que o João irá monitorar uma delas. Ao abrir o equipamento, primeiramente ficamos contentes em perceber que desta vez a câmera não estava inundada. Foram 32 registros. No entanto, observando o horário dos registros e os intervalos de tempo, percebemos que os resultados não haviam sido tão bons assim. Mas, só saberíamos mesmo, depois de revelar o filme. Retornando do campo, foi nossa vez de aprender um pouco sobre manejo florestal com o João. No caminho, ele colheu uma muda de araucária e chamou o seu filho para ver. Ele estava explicando para nós a importância de fazer o manejo sustentável das araucárias, avaliando as exigências e locais ideais para o seu desenvolvimento. Registramos neste dia uma araucária com quase 30 anos de idade plantada pelo morador. Neste dia, aproveitamos e deixamos para a Dona Maria e o João, um exemplar da Enciclopédia da Vida Selvagem (Larousse, 1997) onde consta um capítulo exclusivo sobre o Leão baio, trazendo informações sobre seu território, regime alimentar, vida em família, ambiente natural, ecologia e questões de predação. Este livro foi doado aos moradores com o intuito de promover a proteção da espécie, já que por ali passam varias pessoas por ano. De volta a Criciúma, levamos o filme para revelar e realmente não registramos nada além de gados. Percebemos que aquela área é pouco utilizada pela fauna silvestre. Segundo o João, ele irá instalar a nova câmera no peral dos cabritos, onde acredita existir uma maior diversidade faunística.
20/09/2009 Depois de várias semanas de chuva, encontramos diversas pegadas no interior da REBIO Aguaí, sendo que uma delas era de um Leão Baio (Puma concolor) que foi encontrada pelo montanhista Marcelo Bongiolo. É a terceira pegada encontrada na mesma rota esse ano. Como estamos a algum tempo tentando registrá-los, intensificamos a pesquisa neste vale.
30/08/2009 Todos os anos, no final do inverno, os moradores dos Campos de Cima da Serra põem fogo em suas pastagens para a renovação. Esta prática já dura há décadas. Nossa recente viagem aos Campos retratou imagens desta paisagem em plena modificação, onde o verde exuberante se transforma em campos cinzentos, encoberto pelas fumaças. Chegando na pousada da Dona Maria, fizemos uma pausa para o almoço e como sempre, batemos aquela prosa. Neste dia tivemos a oportunidade de conhecermos o João, filho da Dona Maria, que conhece bem a região e nos relatou que naquele mesmo dia, por voltas das 08 horas, tinha avistado próximo a fazenda um veado campeiro, que andava tranqüilamente próximo a estrada. Depois do bate papo, fomos fazer a manutenção da armadilha. Quase um mês e meio em campo, a câmera tinha fotografado as 36 poses. Quando começamos a olhar os registros, percebemos algo estranho, pois todos eles, com exceção de alguns, tinham sido registrado às 18 horas. Como a câmera havia sido programada para trabalhar somente no crepúsculo e no período noturno, logo percebemos que a máquina tinha apresentado um problema. E mais uma vez, estávamos certos que pesquisar nos campos é sempre um desafio. Entretanto, instalamos novamente uma outra armadilha, que esperamos desta vez funcionar corretamente. Mesmo com a pane da armadilha, conseguimos registrar um pequeno gato do mato (Leopardus tigrinus). .
(04/07/2009) Após uma serie de fortes geadas; “daquelas que parece que nevou, deixando tudo branco” relata dona Maria Barbosa, o inverno chegou aos campos sulinos vizinhos da REBIO Aguai, o pasto queimou pelo frio deixando a grande imensidão verde, amarela.
(28/06/2009) Implementando nosso trabalho de campo, realizamos no final do mês de Junho mais uma campanha, em busca de pesquisar o limite Oeste da REBIO Aguaí. Nos preparamos para este campo durante uma semana, carregando baterias, testando câmeras e organizando todos os aparatos que levamos para uma saída a campo. Saímos da base no domingo pela manhã e seguimos rumo a trilha do São Pedro. No percurso da trilha, encontramos vários vestígios da fauna, como pegadas de felinos e carcaça de tatu. Depois de caminhar quase três horas, a 500 metros de altitude, entramos num vale, ainda desconhecido por nós, de onde brota um dos afluentes do Rio da Serra. Adentrando neste vale, logo encontramos um lugar ideal para instalar a armadilha fotográfica. Este local apresenta uma vegetação, altitude, umidade e acesso, semelhante à primeira área estudada, no Vale do Córrego Serafim. Neste tipo de ambiente já registramos porcos do mato, irara e jaguatirica. É em busca dos grandes felinos, que estamos montando o grande quebra cabeça que compõe a diversidade de vida da Serra Geral. Como sempre fizemos, antes de chegar na base, paramos na casa do seu Joaquim para tomar um café.
(21/04/2009) Neste mês de Abril o projeto foi em busca de conhecer na REBIO Aguaí novos lugares explorados pelos felinos silvestres. O Morro da Mina, um maciço de arenito com 900 metros de altitude, desenha na paisagem um curioso afloramento rochoso esculpido pela natureza há cerca de milhões de anos atrás. Decidimos então, instalar nesta área duas armadilhas fotográficas, pois ali é território de Bugios que constantemente roncam se comunicando uns com os outros. Para termos intimidade com a área, foi realizada pelo menos quatro expedições. Na primeira, chegamos até a base das rochosas, aproximadamente 500 metros. O local proporciona uma bela vista panorâmica dos vales que correm o Rio da Serra e o Rio da Mina, que se unem formando o Rio São Bento que alimenta a Barragem do mesmo nome. Para chegar até lá foi preciso bastante persistência, pois a vegetação se distribui sobre um relevo bastante acidentado. Dentre as árvores inclinadas encontradas no caminho, algumas delas são perfeitas para os felinos como o gato maracajá (Leopardus wiedii) que passam grande parte do seu tempo sobre as copas das árvores. Além da vegetação arbórea, foi encontrado na área aglomerados de rochas que possivelmente servem como tocas para os mamíferos de médio e grande porte. Neste território também foram encontradas várias tocas de tatu. Depois de conhecermos um pouco o local, voltamos mais algumas vezes e no dia 11 de abril instalamos as armadilhas. Pela primeira vez elas foram instaladas em trilhas. Estas trilhas há muito tempo atrás foram utilizadas para a exploração da madeira e hoje são praticamente transitadas pelos animais. No entanto, ao fazermos a manutenção das armadilhas fotográficas tivemos uma triste surpresa, um dos equipamentos de pesquisa havia sido furtado. No primeiro momento, vasculhamos no entorno e nada. Saímos, então, atrás de algum sinal humano. Infelizmente, o único sinal que encontramos foi à vegetação que parecia ter sido cortada recentemente. Neste mesmo dia, quando ainda estávamos dentro da mata, ouvimos
tiros que vinham do outro lado do Morro da Mina. Os tiros indicam que
a temporada de caça chegou e que a nossa fauna corre risco de
desaparecer. Talvez estes sejam os sinais mais visíveis de que
precisamos melhorar a fiscalização da REBIO Aguaí.
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