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É considerado o menor felino silvestre do Brasil. Uma espécie pouco conhecida, que, aparentemente, mostra uma forte preferência por floresta tropical de montanha, e são encontrados em níveis mais elevados do que o gato-maracajá e a jaguatirica.

Nome científico: Leopardus tigrinus (Schreber, 1775).
Família: Felidae
Descrição da espécie: Comprimento do corpo: de 40 a 55 cm; comprimento da cauda: de 25 a 40 cm; peso: de 1 a 3,5 kg. Animal de pequeno porte, de coloração amarela a castanha, com fileiras de manchas oceladas negras, as quais, no dorso, tendem a formar anéis algumas vezes abertos. O ventre é mais claro e menos manchado. Indivíduos melânicos são comuns, sendo possivel ver a marca das rosetas. Diferencia-se de L. wiedii por possuir focinho menor e mais estreito, cauda menor, maior número de rosetas menores e mais abertas, além de pelos da nuca voltados para trás. Fórmula dentária: i3/3; c1/1; pm3/3; m1/1 = 30.
Ocorrência da espécie: No Brasil, está presente em todos os biomas: Amazônia, Pantanal, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Campos Sulinos, ocorrendo em todos estados.
Reprodução: Em cativeiro, o período de gestação dura de 63 a 78 dias, nascendo de um a quatro filhotes, os quais atingem a maturidade sexual, aproximadamente, aos 11 meses de vida.
Hábitos alimentares: A espécie é carnívora, e sua dieta é baseada em pequenos mamíferos, aves e lagartos, podendo incluir animais de porte um pouco maior, como tapiti, quati e paca. Foi registrado um caso de grande consumo de frutos de jabuticabeira (Plinia trunciflora) no estado do Paraná.  


Outros dados ecológicos: Este felídeo é solitário e terrestre, mas um hábil escalador. É noturno, embora possa ter atividade diurna em algumas áreas. Vive em áreas de floresta densa e decídua, além de em áreas savânicas, ocorrendo em vegetação secundaria e impactada por atividades humanas. Sua área de vida pode variar de 0,9 a 2,8 km². para fêmeas e 4,8 a 17 km2 para machos. Sua densidade populacional, geralmente baixa, pode ser menor na presença de L. pardalis, devido, principalmente, à competição.
Curiosidades: É o menor felídeo brasileiro, com tamanho e proporções semelhantes as do gato doméstico (Felis catus). Na natureza, pode viver de 12 a 15 anos e, em cativeiro, até 20 anos.
Grau de ameaça: Devido ao desmatamento, caça e atropelamento, a espécie é considerada “em perigo” em Minas Gerais, “quase ameaçada” no Rio de Janeiro, “vulnerável” no Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Brasil e na Lista Vermelha da IUCN (2010). Consta ainda no apêndice I da CITES.

Referência bibliográfica:
Nélio Roberto dos Reis; Adriano Lúcio Peracchi; Maíra Nunes Fregonezi; Bruna Karla Rossaneis. (Org.). Mamíferos do Brasil - Guia de Identificação. 1 ed. Rio de Janeiro, 2010, v. , p. 19-74.